Sejam bem vindos a uma grande viagem

Quer viajar comigo pelo mundo? Então venha!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Era hora de começar o dia de novo

Vamos ver a troca da Guarda no palácio de Buckingham, é a residência oficial da monarquia britânica.
Ao chegar lá novidade... Não haverá troca de guarda hoje e nem amanhã...rsrsrs
Aahahahhahaha

Povo azarado!!!!

Tudo bem, vamos tirar fotos e onda no palácio da realeza.

Depois conhecemos o maravilhoso Museu de cera da Madame Tussoud.

Esse é fora de série. Os bonecos são quase reais (em sua maioria), encontrei até o pelé lá. Existe a sala do espírito de Londres, uma viagem por um carrinho sobre o passado e o presente de Londres. E a sala dos horrores, essa eu passei mal de medo, pois misturam bonecos com atores e na escuridão castelo dos horrores do Playcenter fica no chinelo.

A fantástica loja de brinquedos Hamleys, voltei a ser criança e queria levar uma porção de brinquedos para casa, no fim, trouxe somente as fotos!!

Nesta noite voltamos para casa, agora já sabíamos como voltar, pois a primeira coisa que fiz ao chegar foi me localizar e pegar um mapa.
A turma decidiu curtir uma balada, e eu fui dormir, queria mesmo era ter forças para acordar cedo e curtir mais atrações, pois não vimos praticamente nada do roteiro.

Depois de Acerta uma Van para nos levar até o aeroporto, longe para caramba, com uma Evangélica brasileira que morava no Hostel, pela barganha de 12 libras por pessoa, sai com a Mércia para conhecer os outros pontos.

Agora com apenas uma pessoa na companhia e as rédeas do cavalo fiz o roteiro e ritmo do dia. Chegamos em 30 minutos no centro, fomos ao Museu do Sherlocke Homes, não entramos, estavam gravando um filme brasileiro..ahahhah...ironia!
Uma loja de Rock...maravilhosa..com vários discos autografados por grandes bandas de rock!

Depois fomos o museu de história Natural. Esplendido, se for a Londres não deixe de conhecer.
Réplicas de dinossauros e diversos animais pré-históricos e salas com efeitos especiais. Recontam a história do mundo com maquetes, estatuas e réplicas perfeitas.

Fomos ao park de kinsigton, lindo também e conhecia estatua do Peter Pan.
Para variar nos perdemos um pouco, e chegamos atrasadas 20 minutos. Discussão com o Hélio, Mércia e ele quase se pegam pelos cabelos dentro do carro. Acalmei-os com um chega por hoje!

No aeroporto, confusão novamente, troca de passagens, revista..rs nas malas

Perdi meu creme de mão..snif, snif, mas pior foi a Perla que perdeu um perfume caríssimo e uma lembrancinha que comprou em Londres.

Fim das confusões, fila novamente, quase duas horas no avião, chegamos a Dublin.

O clima era tão pesado no grupo que andávamos quase em duplas com metros de distância, tudo o que todos queriam era chegar o mais rápido em casa.

Cheguei!

Dormi o sono dos justos!

E o que Londres tem de bom!!!

Primeiro olhos do alto do Bus todos os principais pontos turísticos.
Tudo era um grande sonho para mim, portanto, eu não conseguia fechar minha boca, admirada com tudo.

Hyde park: Lindo e enorme com verde sendo dominado pelo laranja do outono que faz queimar e cair todas as folhas das árvores. As pessoas tomando sol num maravilhoso sábado sem chuva.

Oxford street: Uma rua muito famosa por suas vitrines de grifes famosas como Calvin Klein, Banana Republica, Armani, Hugo Boss, Tiffany’s entre outras tantas, onde está também a maior loja de brinquedos a Hamleys.

Catedral de Sant Paul: Onde Casou-se a Princesa Daiana com o Príncipe Charles.

Outros tantos pontos, que não vou me recordar, mas que as fotos registraram.

Em por fim, os principais: Big Bem e o a Casa do parlamento. Esses me deixaram de boca aberta pela beleza e grandiosidade.

Descemos próxima a Tower Brigde, famosa ponde de Londres e caminhamos até o rio Tâmisia (ou River Thames) para aproveitar o lindo dia de sol com um passeio de barco, o chamado Cruzeiro pelo river Thames (free) até o London Eye.
O passeio foi bom, mas o cansaço fez com que eu cochila-se com o balanço das águas e o fato de estar sentada sozinha me fez ser ninada por vozes falando em inglês e outras línguas que não faço idéia.

Depois, já noite após pegar uma fila gigante para ver Londres do alto da enorme roda gigante, chamada London Eye, fomos comer alguma coisa e tentar chegar em casa.

Nenhum lugar era bom para comer, eita povo confuso! Comprei um lanche num famoso mercado da Europa, chamado Tesco, e apenas acompanhava a peregrinação pelo calvário.

Nos perdemos, novamente. Ninguém tinha o mapa do Hostel, e ninguém sabia como voltar do centro, pois nosso ônibus não passava por ali.
Eu realmente não acreditava em tudo o que estava passando, deixei tudo por conta do povo e, em outras palavras, ganhei o merecido!

A turma ficou stressada, cada um queria fazer uma coisa, tentamos pegar alguns ônibus, todos errados, ninguém sabia informar como chegar a um lugar chamado Notting Hill, os motoristas de Buses só sabiam seus próprios roteiros da noite. E no fim descobri que nosso hostel nem ficava num bairro chamado Notting hill, como me foi falado no início.
A soma de todas as coisas já acontecidas....Stress!

Mércia perguntou para um motorista se ele passava por uma tal avenida, e ele confirmou. Entramos e chamamos o povo. Quando olhamos para trás...Ninguém. Só Veruska nos acompanhou.
A turma achou que tínhamos pegado outro ônibus errado, e ao invés de nos impedir ou falar alguma coisa, simplesmente não entraram e ficaram.

Se deram mal. O motorista estava certo e chegamos em casa; 30 minutos antes deles.

Uma boa noite dormida num quarto minúsculo divido com os 6 colegas. Relógio para despertar as 7 da madrugada...

Era hora de começar o dia de novo.

Vamos ver a troca da Guarda no palácio de Buckingham, é a residência oficial da monarquia britânica.
Ao chegar lá novidade... Não haverá troca de guarda hoje e nem amanhã...rsrsrs
Aahahahhahaha

Povo azarado!!!!

Tudo bem, vamos tirar fotos e onda no palácio da realeza.

Depois conhecemos o maravilhoso Museu de cera da Madame Tussoud.

Esse é fora de série. Os bonecos são quase reais (em sua maioria), encontrei até o pelé lá. Existe a sala do espírito de Londres, uma viagem por um carrinho sobre o passado e o presente de Londres. E a sala dos horrores, essa eu passei mal de medo, pois misturam bonecos com atores e na escuridão castelo dos horrores do Playcenter fica no chinelo.

A fantástica loja de brinquedos Hamleys, voltei a ser criança e queria levar uma porção de brinquedos para casa, no fim, trouxe somente as fotos!!

Nesta noite voltamos para casa, agora já sabíamos como voltar, pois a primeira coisa que fiz ao chegar foi me localizar e pegar um mapa.
A turma decidiu curtir uma balada, e eu fui dormir, queria mesmo era ter forças para acordar cedo e curtir mais atrações, pois não vimos praticamente nada do roteiro.

Citytur: A discussão e o Português


Londres Cosmopolita e fascinante















Chegar a Londres até parecia um sonho, me senti acordando ao pisar meus cansados pés na terra da Rainha.

A estação Vitória, onde praticamente se não todas as pessoas desembarcam no centro de Londres, possui ligação com centenas de lugares a o mapa ferroviário ou metroviário era gigante. Mas nosso drama ainda não tinha acabado, agora tínhamos que achar a Veruska, outra colega que veio de avião, mas no sábado e já sabia como se virar no aeroporto de Dublin, que chegou um pouco depois de nós pois saiu sábado pela manhã.
Depois, tínhamos que achar a Van do Hostel 639 que iria nos buscar.

Some o cansaço de toda a viagem, com o stress das confusões, mais o calor daquela manhã (com a pilha de roupas que foram colocadas pelo frio da noite anterior), mais a dor de cabeça de não achar a Van e não saber onde ela estava, porque deram informação errada sobre a rua onde ela estaria (que por sinal nem existia), e multiplique com a falta de créditos nos celulares e a necessidade de comunicação com a Veruska e a Perla (que já estava no Hostel passando as informações sobre a Van.

Primeiro decidimos comprar nosso City-tur. Ahahaha..Nosso vendedor era um Português e logo quis dar alguns descontos aos amigos de língua. Aquele sotaque maravilhoso fazendo piada o tempo inteiro, quebrou o stress momentâneo.

Compramos um ticket que valia por 48 horas, a entrada do museu de Madame Tussoud, e o London Eye. Total da barganha: 52 libras.



Stress, stress, e dor de cabeça, ainda estavam por vir.

Todos corriam, mas não chegavam a lugar nenhum, e eu nada podia fazer, pois tudo dependia da comunicação que era em inglês, meu ponto fraco!!

Mércia foi tentar achar o cara sozinha, Helio e Tiago foram procurar Veruska, e eu fiquei sentada na esquina da Estação Vitória com todas as malas!!!


Tudo deu certo, e depois de quase 2 horas fomos para o Hostel. Já eram 12 horas de sábado. Não podíamos perder tempo, escova os dentes e só vamos aproveitar, pois nos restam somente um dia e metade de dois dias.

Não Existe coisa pior no mundo, para alguém que aprecia um bom banho, que depois de tudo isso não ter direito a banho para recomeçar tudo de novo!!
Viagem de grupo grande é assim, a maioria decide e o resto acata!!!
Banho de gato, pelo menos isso!!!

domingo, 19 de outubro de 2008

A grande Jornada: Aventuras e desventuras para chegar a Londres

Até comecei a acreditar que iria morrer quando chegássemos à famosa Londres, afinal tantos avisos para desistir da viagem só podiam significar isso.

A turma da escola decidiu ir para Londres, passagens de avião por apenas 1 euro mais taxas de embarque que não chegavam a 20 euros, ida e volta, não podiam ser desperdiçadas assim.

O propósito que me fez ir nessa grande viagem, ainda sem emprego e depois de ter perdido a passagem para a mesma cidade em Junho, essa outra por falta de visto na Irlanda (erros de marinheiro de primeira viagem), foi o aniversário do Helder, um grande amigo feito na terra dos Duendes, afinal ele iria comemorar o aniversário dele em Londres e queria que todos os amigos estivessem presentes.

Tiago comprou a passagem, Helio, Mércia, Perla, Rafael, Veruska, Bel, Roberta, ia tanta gente que nem sei ao certo quais os nomes.

Tínhamos um mês de antecedência, trocar nossos sacrificados euros pelas caras libras esterlinas, organizar as coisas, fazer roteiro e deixar tudo certinho para o embarque.

Tiago cuidou de tudo, como diz o Helio: - Bota no cartão de Tiago.
Ele colocou tudo, e só passou os valores em euro. O Hostel também já estava confirmado, num lugar chamado Nothing Hill, ficaríamos no Hostel 639, por apenas 12 libras o dia.

O que ele esqueceu de nos avisar foi que fez o check in on line como Europeu.

Pegamos um táxi as 6 da manhã de Belmayne ao Aeroporto, lá se foram 13 euros, divididos entre eu e Mércia.

Ao chegar no aeroporto de Dublin, passamos pela revista, mas Rafael foi parado porque a carta dele estava faltando um código que estava na carta de Perla. Os dois tiveram que voltar e passar pelo balcão da Ryanair, lá eles tiveram que trocar os tickets para cidadão não europeu.
Nessa confusão, ouve uma falta de comunicação e uma comunicação com informações erradas entre Tiago e Perla via celular.

Nós seguimos em direção ao embarque, porque acreditamos que o problema estava só no ticket dele, e que resolvendo ele se encontraria conosco, afinal, já estava ficando em cima da hora, o avião sairia em 50 minutos.
Seguimos Tiago e Helio para o Gate de embarque.
Nosso voou sairia às 8.15 da manhã, e quando faltavam 20 minutos chegaram Perla e Rafael e foram para o fim da fila, nós éramos os primeiros. Ninguém nos falou nada, e quando entreguei a carta novamente para o moço do embarque ele me liberou, mas Tiago foi entregar a carta dele para a outra moça que se atentou as informações da carta e do passaporte, onde confirmava que não éramos europeus.

Tiago ouviu que muitas pessoas passavam da mesma forma sem nenhum problema e resolveu arriscar, sem nos avisar é claro e então o moço pediu que voltássemos ao balcão da Ryanair e trocássemos os tickets. Com isso nós perderíamos o voou, então ele disse que poderíamos ir no próximo voou que sairia as 9:20.

Foi assim que começou nossa correria, para tentar resolver a caca gigante.

Perla e Rafael não vieram nos dizer o que afinal estava acontecendo e ninguém sabia o que fazer.
Eles embarcaram, nós 4 não.

Mércia, Tiago, Hélio e eu. Todos correndo pelo aeroporto para achar o balcão, porque não poderíamos voltar pelo mesmo lugar que entramos, nos perdemos no aeroporto.

A nova informação era que teríamos que passar pela imigração novamente, e lá havia uma fila gigante...Desespero danado, nunca conseguiríamos embarcar no próximo vôo.

A Mércia conseguiu um jeito de passarmos pelo balcão de europeus que estava vazio (Tem uma porção de não europeus entrando no país nossa sorte).

Correndo com as mochilas pesadas conseguimos chegar no balcão da Ryanair. Eu só olhava para a situação, porque Tiago e Mércia eram quem tentava rasgar o inglês (não tão perfeito também) para explicar a situação para eles.

A moça finalizou a conversa dizendo que foi ela a responsável pelo aviso no balcão para que não deixassem que embarcássemos enquanto não trocássemos o ticket, mas como ninguém nos avisou isso e só no momento final que descobrimos perdemos a passagem.

Ela não poderia nos encaixar no próximo vôo porque ele custava 280 euros, e se quiséssemos teríamos que pagar a diferença.

Mércia tentou argumentar, porque erramos, mas eles também erraram até o último minuto. Sem chances.

Procuramos um ciber café para tentar comprar uma nova passagem e não perder os 4 dias, já tínhamos até hostel e muitos pediram o dia no trabalho.

Passagens todas caríssimas para o dia e o próximo também.

Voltamos para casa, ressabiados. Eu estava conformada, não era para ir!

Fomos para casa de Hélio e Tiago, olha na internet se havia algum novo caminho.

Enquanto Tiago e Mércia pesquisavam na Internet uma nova forma, eu e Hélio assistíamos “ Sob o sol da Toscana” um maravilhoso filme por sinal.

Mércia inconformada, não teria 4 dias para fazer viagem nem tão cedo novamente.
Lembrou de uma forma de viajar para a Inglaterra de Navio, no porto de Dun Laoghari havia um Ferry que levavam para alguns países.

Olhou os preços, e ficava mais acessível do que o que iríamos gastar depois novamente.

Já era quase 1 da tarde, e a próxima partida era as 2:30 da tarde.

Mochila nas costas, bota no pé e chapéu na cabeça.

Descemos correndo para tentar pegar esse navio. Estava até engraçado a nossa correria.

Pegamos um ônibus para o centro, e no meio do caminho o ônibus quebrou, e um carro da empresa parou para fazer a manutenção e trocaram o caixa do Bus.
No fundo do ônibus a gente ria, outra pedra no caminho.

Chegamos no centro, e já era 1:30, decidimos pegar um táxi, ninguém sabia ao certo onde era o Dublin port e se algum ônibus passava perto.

Chegamos lá as 2 da tarde, e a nova surpresa: Cancelaram essa partida, e o próximo será somente as 9 da noite.

Caraca, azar da pomba!!

Mas agora nós vamos, chegamos em Londres ou não me chamo.....vários nomes..rs

Mércia decidiu voltar para comprar comida, segundo ela um ônibus voltava as 5 da tarde. Depois recebemos a ligação na verdade ela entendeu errado, o ônibus sairia do centro somente as 8.

Os meninos já estavam em pânico, só faltava perder o navio também por atraso.
O chequin foi aberto as 8:15, e Mércia chegou 8:40. Entramos correndo e ficamos aliviados. Agora vai dar tudo certo.

O navio era gigante, parecia o Titanic. Lindo e luxuoso, com shopping, cinema, restaurantes e até cassino. Tapete vermelho e luzes maravilhosas.

Então o Hélio disse: Ta explicado porque deu tudo errado antes, era porque tínhamos que conhecer tudo isso!!

Eu assisti o filme “Mama mia” no cinema, tirei várias fotos a La Titanic, conheci todos os lugares do navio.
Depois de duas horas maravilhosas, chegamos à Inglaterra. As 2: 15 o trem sairia para Londres.

Passamos um frio danado na estação, e eu tive um ataque de tosse.

Depois de pegar o primeiro trem e dormir muito, chegamos a Londres e fomos comprar, um ticket para o Vitória Station.

A próxima parte eu conto depois

Crônica de uma morte anunciada















Quando eu vejo uma pomba estatelada no meio da rua eu sempre me pergunto: - Como alguém consegue atropelar uma pomba?
Afinal de contas, elas possuem asas, podem voar rápido, são animais leves, eu acreditava que eram mais espertas também.
Eu fico triste quando vejo qualquer animal atropelado, quando morto então, meu coração chega dispara, suspiro fundo e mudo a direção dos olhos.

Outro dia ao cruzar a Parnell Street, uma das ruas mais movimentadas do centro de Dublin, eu avistei algumas pombas, 3 na calçada e uma no meio da rua entre a linhas que dividem a rua para o trajeto dos carros que seguem em mãos diferentes.
Num súbito de pensamento eu parei, e pensei:
Essa pomba vai morrer, e hoje eu vou descobrir como isso acontece.

Eu sei que foi um pensamento mórbido e até nojento para algumas pessoas, porém foi a forma de matar a curiosidade sobre tal acontecimento que sempre me choca.

A frase do pensamento foi: A fome e a gula realmente matam.

A fome eu já tinha certeza por ver milhões de pessoas morrendo no mundo por escassez de comida, mas a gula era só mito, pois afinal, nunca vi ninguém morrer por ter gula.

A pomba estava desesperada para comer os farelos de pão que estavam no meio da rua, e centenas de carros passava por ali muito rápido, ela olhava para todos os lados e mostrava certo medo pelo perigo que estava correndo (Essa preocupação era visível no comportamento dela, nos gesto e na forma como ela comia apressada e olhava para todos os lados).

Entretanto, a gula era tão grande que ela não queria abandonar o pão, mesmo percebendo o perigo do local. Enquanto isso, do meu lado da calçada, as outras pombas mostravam a mesma vontade de compartilhar aquele pão tão farto no meio da rua, os olhos das pequenas faiscavam e elas ficavam andando de um lado para o outro, mas essas pareciam cautelosas e não arriscaram voar até o meio da rua, porque enxergavam o perigo dos carros.

E eu, uma simples pedestre, parada na esquina para ver como ocorreria àquela morte que já estava anunciada para todos. Ora eu me atentava para as 3 pombas ao meu lado, ora pra ver os passos da pomba lesa no meio da rua.
Então ela decidiu sair da rua, andando... rs.
Não acreditei, ela não tinhas as asas machucadas e não parecia ter nenhum problema para voar, talvez tenha esquecido que podia voar. Não me recordo, mas acho que cheguei a soltar um grito pedindo que voasse, pois nenhum carro ia parar para que a doce dama atravessasse a rua.
Ela não me ouviu, ou então o êxtase do momento tenha paralisado seus pensamentos. (Falando nisso, pomba pensa???)

Eu vi quando um carro passou por cima da pomba e fez “Crack”.
E eu fiz “Ai”

Ela tentou levantar a cabeça, as asas ainda balançavam... Tarde demais, veio outro carro e fez a pasta de pomba.

Era engraçado ver o comportamento das pombas ao meu lado, pois elas pareciam ter sentimentos e sofrer pela morte da companheira gulosa e também ficarem felizes por não terem arriscado a vida por um pedaço de pão.

Enfim, agora eu sei qual a razão das dezenas de pombas que vejo esmagadas nas ruas de Dublin.

domingo, 14 de setembro de 2008

Reflexões

Babyssiter - Uma diversão


Depois, ao confirmar com o Rapaz para quem eu faria o babysitter o endereço, descobri que estava incorreta a região, pois o endereço dele não estava no mapa, mas era igual à rua de outra região, mas ele esqueceu de avisar. Ele tentou me dar outras coordenadas. Então as horas começaram a passar voando, e eu procurando os pontos onde passavam os outros ônibus, andando rápido pelo centro de Dublin, sem encontrar as ruas do mapa e sem conseguir pedir informação para as pessoas, comecei a ficar nervosa...

Quando enfim cheguei a um dos locais para pegar o possível Bus, ao tentar confirmar com o motorista se realmente passaria onde eu desejava, descobri que estava no ônibus errado, pois ele não passaria perto. A chuva começou, e depois de tanta espera do Bus, ainda tive que ir para outra fila.

Eu não conseguia falar com o Michael, o pai das crianças que eu cuidaria, então liguei apreensiva para o Helder, meu novo grande amigo e anjo da guarda. Dei o número de telefone do Michael para ele e pedi que tentasse descobrir uma nova forma de chegar lá, pois ninguém sabia e não estava no mapa.
Ele conseguiu, e eu tivesse que ir para outro ponto pegar outro Bus, e assim ele me encontraria no Shopping de Blanchestow. Acabei pegando o mesmo ônibus que a Dayse, que estava indo para a Igreja. Após alguns minutos, ao olhar no relógio, percebi que aquela era a hora de estar na casa do Michael, e que a partir daquele momento eu estaria contando as horas de atraso. Eu realmente estava muito nervosa, afinal era o primeiro Babysitter e eu nem conhecia o tal Michael. E exatamente aquele dia, tudo de ruim acontecia, em seqüências.
Ao chegar no shopping combinado, liguei para Michael para avisar que estava ali, e o homem desatou a falar rápido, usando palavras que não conheço ou não entendia, e então e disse que pediria que meu amigo ligasse novamente e que ele explicasse tudo, pois eu não conseguia entender nada e ainda estava acabando todos os meus créditos de celular (a última parte eu não falei é claro..rs).
Helder novamente me ajudou, combinamos no ponto do Mc Donalds, e dessa vez ele se atrasou um pouco, mas tudo bem.

Cheguei a casa deles, linda por sinal, num condomínio fechado... Nunca chegaria de ônibus ali! E conheci a Moira (6 anos) e o Rhiz (9 anos). Eles jantaram, no meio da bagunça, pois estavam na casa nova e tudo ainda estava jogado. Michael foi para um jantar com a amiga e eu fui assisti ao filme-desenho “O bicho vai pegar”, mas em inglês.
As crianças eram lindas e muito educadas, adorei. Depois do jantar eles queriam comer pipoca assistindo o filme, e eu fui me aventurar a fazer pipoca de microondas, pela primeira vez. Isso não podia dar coisa boa mesmo, microondas diferente, que tinha 5 temperaturas de 180 a mil graus. O Rhiz me ajudou, mas não deu certo, fiz um teste com todos os botões, e quando a pipoca começou a estourar, começou a subir um cheiro de fumaça. Tirei a pipoca e o Rhiz disse, com uma gargalhada de seqüência: Pipoca de chocolate!!!
Exato, eu queimei a pipoca, e no centro ela estava carbonizada, e a cozinha era só cheiro de queimado. Joguei fora a queimada e tentamos novamente, agora fomos direto para a temperatura máxima. Quando as pipocas começaram a estourar o Rhiz achou que já estava bom e aperto o botão para desligar. Tiramos a pipoca, mas novamente deu errado..rs
Apenas um terço do saco havia estourado... Demos umas boas risadas e dei um jeito de tentar estourar o resto. Vasculhamos a casa atrás de uma fita e tesoura para voltar os milhos crus para o saco e lacrar para estourar novamente. Conseguimos mais pipocas, mas não estourar todo o milho, mas eles ficaram satisfeitos e voltaram a assisti o filme.

Eles deram muitas risadas com o filme, eu, porém ri porque lembrava da versão em português, pois não entendi muita coisa, novamente!

Hora de dormir, eles arrancaram as roupas e pularam nas camas, eu entrei em desespero, pois estava muito frio, e não tinha cobertas ou pijamas nos guarda-roupas. E eles dizem que estão acostumados a dormir assim! Que o aquecedor estava ligado.
Eles dormiram bem, eu fiquei com frio na sala, assistindo outros filmes. O pai chegou, e me pagou, menos do que eu esperava, mas tudo bem...e cheguei atrasada, recebeu um desconto por isso, e a amiga me trouxe em casa.

Aqui também tem assaltos

Ainda não acredito que a primeira vez que fui assaltada foi perto de casa na Irlanda. Depois dizem que o Brasil é que é perigoso.

Tudo bem, não chegou a ser um assalto de verdade, mas sim uma sacanagem de maus elementos.

A noite tinha tudo para ser boa, eu havia sido chamada para fazer um Babysitter num bairro um pouco distante. Depois de achar no mapa e saber qual o ônibus pegar, sai de casa com algumas horas de antecedência, um pouco apressada para conseguir pegar o ônibus em frente do Claren Hall, o Shopping Mercado Tesco daqui. No Brasil eu não costumava andar com minhas bolsas ou mochilas nas costas, pois quase fui assaltada algumas vezes em lugares com super lotação, mas aqui, aparentemente, pensei que seria diferente. Mochila para trás e pouca gente na rua.

Foi quando duas meninas vieram sorrateiras atrás de mim, puxaram minha garrafa de água que estava em um dos bolsos da mochila, e saíram correndo e rindo. Pensei em voltar para pegar, mas como podia perder o ônibus, que tem hora para passar, desisti. Fiquei muito brava, e elas começaram a rir e fazer gesto para mim. Tentei ofende-las também, mas não sabia nada em inglês que as atingissem. Cheguei no meu ponto e elas ficaram de longe zombando da minha cara.

Não foi o fato de levarem uma água, mas sim a humilhação de fazerem isso para jogar fora somente para tirar onda com as pessoas.

Essas meninas eram Snaquers, não sei se a escrita está correta, mas são jovens da Irlanda com uma classe de vida menos favorecida que a maioria da população, e por isso recebem bolsas do governo para pagar contas e sobreviverem. São em sua maioria marginais, que brigam nas ruas, batem em estrangeiros, humilham as pessoas, roubam, e aprontam muitas pelas cidade. Todos têm medo deles e sempre atravessam a rua quando avistam um grupo. Eles são fáceis de identificação, pois usam roupas parecidas: Conjuntos de moletom cinza com tênis e meias brancas por cima da calça. Cortes de cabelo New rave. As meninas sempre escandalosas, com roupas curtas, muita maquiagem, muitas vezes também com o uniforme típico da turma.

Muitos brasileiros já foram atacados por eles, pois somos muito famosos aqui e essa fama possui adjetivos: Trabalham melhor que os outros; mulheres bonitas, simpáticos, alegres, engraçados e não levam desaforo em discussões partindo para brigas quando provocados.

Enfim, peguei o ônibus quando elas estavam aproximando-se, mas não resisti e mostrei uma banana para elas.

Perdas...


Eu estou curtindo muito essa nova vida, todo o dia aprendo uma coisa nova, quando não algumas coisas novas, mas ficar longe de toda a família, e tão longe assim, nos faz ter algumas perder momentos muitos importantes, e sentir que algo está incompleto e que algumas realidades parecem sonhos.

Quando decidi fazer essa viagem, eu sabia que perderia muitas coisas, como por exemplo, as primeiras coisas que meu lindo sobrinho faria pela primeira vez. Eu pude vê-lo dar seu primeiro passo, mas agora perco suas novas brincadeiras, travessuras, suas primeiras palavras, e grandes momentos de sua vida.

Minhas primas escrevem contando de suas festas e de quanto faço falta na turma.

As viagens e festas em família, eu sempre sou avisada daquele grande churrasco que perdi novamente.

Mas tudo isso a gente acaba superando, afinal, não podemos ter tudo ao mesmo tempo, e em contrapartida eu posso lhes contar o milhão de coisas novas que estou vivendo no mundo.

A parte triste são as perdas humanas. O Brasil perdeu a comediante centenária, Dercy Gonçalves, a turma da Jovem Guarda a Dama Silvinha Araújo, A política a ex primeira dama Ruth Cardoso, O teatro e a tv O Eterno visconde de Sabugosa, André Valli e Fernando Torres, A Bahia e a MPB perdeu Dorival Caymmi. E eu perdi o primo Vicente, vitima de um câncer na cabeça, meu pai perdeu um primo mais velho chamado Valdemiro, parada cardíaca, meu primo Sandro perdeu o primo Baiano, que cometeu suicídio com um tiro na cabeça, por estar sofrendo muito com um câncer na boca que o desfigurou, minha vizinha Terezinha perdeu o sobrinho, que também morava no Jardim das Rosas, vitima de assassinato por ter se envolvido com o mundo cão, perdeu a vida com 16 ou 17 anos, meu tio perdeu o colega de trabalho, que também é nosso conterrâneo de Senador Firmino, vitima de uma explosão da maquina onde ele trabalhava na empresa Metal Leve, queimou 80% do corpo.
E essas foram às notícias de perdas, via e-mail, telefone e skype. Aqueles que eram mais próximos ainda parece mentira que morreram, afinal eu não pude me despedir para que tivessem a partida eterna.

Dia 16 faz apenas 3 meses que estou aqui, e já aconteceram tantas coisas...!

Mas Deus sempre sabe o que faz, então me resta apenas pedir que ele abençoe aqueles que deixei e os protejam dos males humanos e conserve a saúde para uma vida plena e feliz!!



sábado, 2 de agosto de 2008

Um sonho épico



A Cidade oculta de “kimbarry”

Está noite (02-08-2008) eu tive um sonho mágico e histórico. Eu não vi nenhum filme esta semana, não tive nenhuma conversa com assuntos semelhantes, nem tão pouco dormi pensando em mitologia celta, apesar de gostar muito do tema, nunca estudei a respeito. Então veio o sonho, no período da manhã, por isso eu me lembrei tão perfeitamente após acordar e relembrar cada trecho, para lhes escrever.

Era um lugar escondido entre montanhas e riachos. A cor do ouro e do bronze era forte, um caramelo predominante, mistura de poeira e cor ferrugem. Aparentemente, uma grande vila Celta, com uma população aparente de 1000 habitantes. Era uma cidade oculta do mundo.
A época era antiga, muito antiga, impossível datar neste momento, teria que realizar algumas pesquisas antes de afirmar qualquer que seja.

Eu era uma guerreira, de outra tribo, era ruiva, forte, porém magra, de altura mediana, e com uma vestimenta feminina, pratica e cheia de acessórios, inclusive nos cabelos.

O sonho iniciou-se com a guerreira ouvindo a conversa de um casal, possíveis ladrões, ou talvez ela fosse à ladra, ou até mesmo, quem sabe, os três eram ladrões tentando roubar algo de muito precioso da cidade.
Na conversa secreta havia um grande plano, o casal planejava uma entrada no dormitório do grande chefe da tribo, um Ogro gigante, do qual, todos os habitantes da cidade tinham enorme respeito, devido à proteção que este fornecia a toda a população.
O plano não foi bem entendido, mas o objetivo também era roubar, ou pegar de volta (ainda não sei) uma pedra preciosa, uma esmeralda de grandes proporções e poderes, escondida dentro da cidade.
O Ogro estava fora da vila, e aproveitando-se da situação a guerreira tenta adentrar, como uma raposa faminta, a quarto do Monstro, que ficava acima das casas da vila. A vila estava em preparativos para uma grande festa, muitas crianças corriam de um lado ao outro, ouvia-se gritos de brincadeiras, música, as moças criando enfeites com adereços da natureza local, os rapazes praticando jogos locais, como arco e flecha, atirando lanças em árvores, algumas senhoras faziam comidas e doces em grandes tachos de cobre, outras costuravam e bordavam, algumas moças cuidavam das crianças menores, alguns senhores e jovens tocavam instrumentos musicais, e todo isso deixavam a vila com um aspecto acolhedor e muito alegre.
O casal de espiões pareciam mais ariscos e cautelosos, agiam como duas panteras negras. A Guerreira subiu pelas paredes de barro e madeira, muito resistente, porém com vários buracos que facilitavam aquela entrada, havia dezenas de muros que rodeavam a casa Maior, a casa onde morava o Ogro.
Já era noite, então o som de animais noturnos como corujas, cigarras, grilos entre outros se confundiam com a música, disfarçando assim os gritos sussurrados de tombos que a guerreira levava tentado escalar para chegar ao pico do casebre.
Quando enfim o cume foi conquistado, e ela tinha a vista de toda a vila sentiu a palha sob seus pés se desfazendo. O coração começou a acelerar, o suor a nascer em seu rosto e num piscar de olhos ela desceu pelo buraco que se formou e foi parar dentro de um quarto com um bebê, que estava acordado. A criança tinha bochechas rosadas, pele branca como o leite e os olhos negros como uma pedra de ônix, cabelos negros e lisos e aproximadamente 8 meses de vida, sorria para a guerreira que levantou-se rapidamente após o tombo e ficou encantada com a ternura daquele bebê. Com o encantamento veio a distração por minutos. Foi surpreendida por uma das jovens que cuidava das crianças e assim a moça deu um grito que assustou a criança e deixou a guerreira sem saber o que fazer. A criança começou a chorar e foi acalmada pelos braços da moça que a balançava sem parar e olhava fixamente e agora admirada para a estranha.
A camponesa ficou deslumbrada com a beleza e a enorme quantidade de acessórios que a guerreira carregava em seu corpo, e ainda em silêncio, decidiu se aproximar da estranha que não demonstrava perigo, mas ainda em posição de guarda.
A camponesa se aproximou em passos lentos e tocou os cabelos exóticos da guerreira e perguntou quem era ela.
A guerreira não podia explicar nada, disse que estava perdida, e procurava uma pessoa muito querida, e ainda pediu ajuda da camponesa. A moça inocente se propôs ajudar, e ainda esconderia a guerreira, pois estranhos não são bem-vindos na cidade.
Do outro lado, os ladrões foram bem-sucedidos, conseguiram entrar no quarto do Ogro.
A camponesa pediu a guerreira que aguardasse alguns instantes, pois deixaria o bebê com outra pajem e voltaria para tentar ajuda-la. O momento foi rápido e a guerreira sumiu como uma poeira levada pelo vento, e conseguiu chegar onde estavam os ladrões.
Cautela era necessário, por isso ela escondeu-se novamente, para tentar descobrir o que os ladrões encontravam. Eles reviravam tudo. Ouviram-se passos, passos fortes e pesados... Era o Ogro que chegava para descansar.
A guerreira não saiu de seu esconderijo, os ladrões entraram em desespero e procuraram um esconderijo e foram para no mesmo lugar que a guerreira. A surpresa dos dois se fez em caras feias, mas sem maiores reações, afinal, o momento não era propício! O Ogro subiu as escadas, sentou-se na enorme poltrona de carvalho tirou a botas de couro de antílope, pegou um resto de coxa de avestruz e começou a comer e tomando vinho direto de uma garrafa.

Bem o resto da história, contarei depois, pois precisarei de muita imaginação para montar essa emocionante história.

Beijos

sábado, 26 de julho de 2008

E os gastos???

A sensação de ver seu dinheiro suado saindo em grandes quantidades (e o que mais dói em valor “Euro”, ou seja, quase 3 vezes mais, o mesmo dinheiro que você demorou para juntar em reais, (Não em Euro) é horrível.

O primeiro mês será sempre o pior (Se ele for entre junho e agosto pode ser pior ainda), pois você vai gastar como eu, os dois olhos da cara..rs

Segue uma lista dos possíveis gastos (Ou seja, os meus gastos):

Aluguel (em média 300 euros por mês) Isso se você não parar em uma casa de família como as agências sugerem, que sai mais caro pois será 160 euros por semana.

Depósito do aluguel (O mesmo valor do aluguel, e ao mesmo tempo do aluguel...Vc sente uma facada no coração, instantaneamente...Então, se quiser curtir uma aventura assim, prepare o coração...é o que mais sofre as dores!

Carteirinha de estudante: 15 euros

Passe escolar (Nossa sorte é que somos estudantes, e por isso pode-se comprar um cartão, que vale até um mês, e andar de ônibus, trem e metrô o quanto quiser, sem limite mesmo, por cerca de 75 euros. O meu azar é que moro em Malahide, portanto, preciso comprar todo mês o cartão para chegar em qualquer lugar (digo isso porque existe a opção de procurar um apartamento no centro de Dublin e assim economizar com passagens). E não fiz isso, pois cheguei para ficar na casa da minha amiga, e acabei me acomodando e gostando do lugar, o apartamento é novo e tem cara de casa dos pais. Os apartamento no centro tem jeito de vida boêmia, normalmente uma grande bagunça por terem diversas pessoas morando, diversas nacionalidades e culturas, mas principalmente por serem antigos. É claro que existem bons apartamentos também.

Roupas de cama (lençol, fronhas, travesseiro, Duvet (o duvet é um edredom muito mais grosso para agüentar o frio do país), capa de duvet (o pó é horrível e se não quiser ter um trabalho ainda maior para lavar o duvet, compre a capa)). Nessa brincadeira pode se gastar muito, mas o mínimo para mim fora 30 euros. (Isso contando que eu trouxe minhas toalhas, meu lençol, etc.)

Comida. (A casa pode ter 10 pessoas, mas cada um compra a sua comida e a prepara individualmente, portanto os custos dependem somente de seu apetite. Eu tive a sorte de poder dividir com minha amiga, a Dayse, e assim pode sair mais barato às vezes.)

Produtos de limpeza (Os produtos da casa são divididos, portanto, todos usam, todos pagam). Na minha casa cada semana uma pessoa é o cleaner (faxineiro), mas não é uma regra...por isso muitas casa ficam imundas...no pior sentido da palavra imunda...e isso é sério..rs

Contas (Luz, gás, internet com tv a cabo...como chove muito no país...Não precisamos pagar conta de água). Nessa brincadeira pode-se gastar cerca de 50 euros no verão e ainda não sei quanto no inverno (A conta de gás (aquecedores em todos os cômodos) triplica). A sorte é que contas, somente de 2 em dois meses.

Celular o mais barato é 50 euros. (vc precisa se comunicar com o mundo... rs mas principalmente, o mundo precisa se comunicar com você: Banco, imigração, novos colegas e o mais importante no início EMPREGOS. A sorte dos brasileiros é que a ligação para o Brasil é mais barata e a Vodafone (Operadora de celulares aqui) tem uma promoção assim que compramos o aparelho: 40 euros de créditos, divididos em 3 meses. Portanto, dá para se virar bem.

Imigração: 100 euros, para receber um cartão de identificação.

Bem, você acabará gastando com outras coisas menores que sentira necessidade de comprar assim que chegar aqui.

Já dá para ter noção o quanto se gasta para começar uma grande aventura, não é!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Gastando a sola do tênis!

Dizem que encontra emprego na Irlanda é fácil, bem, para mim ainda não foi!

Dizem que a alta temporada de verão trouxe milhares de europeus para a Irlanda, e sua maioria, jovens que buscam um emprego para cobrir as despesas de férias. E portanto, possuem total preferência na hora da contração por duas grandes razões:
São europeus e normalmente possuem um inglês melhor que a maioria dos latinos em busca de um lugar ao sol na Europa.

Isso desanima, talvez tivesse escolhido outra data para vir para cá, eu aconselho a todos que querem: viajar, estudar e trabalhar ao mesmo tempo.

Ontem distribui centenas de currículos, as pernas cansaram de tanto caminhar pelas ruas de Dublin. Estou sempre andando com minha amiga Mércia, que aborda os gerentes para saber sobre vagas e se podemos ao menos deixar nosso Vitae para avaliação.
Ouvimos muitos, mas muitos: - Não!
E coisas do tipo: - Volte o ano que vem, ou - Talvez em setembro, - Nosso quadro está completo, - Sinto muito, não contratamos pessoas sem fluência no inglês, - Precisa ter experiência de 1 ano no mínimo, Alguns faziam caretas horríveis, somente para dizer não, não recebemos currículos.
Enfim, conheci uma centena de Pubs lindos, bem decorados, antigos no centro de Dublin.
Na semana passada, conheci dezenas de restaurantes: Italianos, Mexicanos, Indianos, Tailandês, Francês, Irlandês, Polonês, Espanhol, e outros que talvez tenha me esquecido a nacionalidade... Nenhum havia vagas.
Já passei por alguns hotéis e pousadas... Sem sorte ainda!
Mas pensamento positivo... Tudo vai dar certo, provavelmente ainda não tinha conseguido nada porque não tinha minha carteirinha de Identificação da imigração.
Parabéns... já à tenho!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

sábado, 19 de julho de 2008

No Silêncio do Meu Ser, Sou um Viajante a Caminhar

Poesia de "Dorival Gaspar "

É mais um dia,

é mais uma viagem que se inicia em minha vida

Eu me enrosco em pensamentos

Chego a confundir meus momentos,

Como o caminhar de uma solitária ave,

Em busca de um parceiro para ninhar

Chego a me sentir um ser que vive na água,

Perdido entre as ondas,

Como um barco prestes a naufragar.

Meus pés sentem o frescor da água,

E a areia fina consegue entre meus dedos se alojar.

Neste momento, faço parte do vento,

E o frescor da brisa suave,

Consegue meu semblante transformar.

Caminhando um pouco mais, o dia já vai pela metade,

E o sol quente começa a minha pele bronzear.

Como um viajante solitário, sigo em frente,

E a qualquer custo tento em meu destino chegar.

O sol já vai embora,

E com sua missão cumprida naquele dia,

Se despede refletindo lá longe,

Até onde nossos olhos possam alcançar.

Ai vem a noite, e o viajante cansado,

Se deixa envolver pela beleza do brilho da lua,

Esquece de tudo, renova suas forças, volta a sonhar.

Se põe de pé, para nunca esquecer que precisa caminhar.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Veja meu Slide Show!


Paciência

Composição: Lenine e Dudu Falcão


Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma
A vida não pára...Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência..
.O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempoPrá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão raraTão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão raraTão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
A vida não pára!...
A vida é tão rara!...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Bray do alto da montanha






















Dayse entre galhos








O caminho era lindo


O cassino


No alto da montanha de Bray


Bray - Costa Irlandesa

Neste fim de semana fomos a Bray, mais um bonito lugar da Irlanda, somente Dayse e eu.

O Lugar é lindo, caminhamos um bom tempo, uma trilha que subia as montanhas.
Para variar a chuva iniciou-se e parou algumas vezes e por isso a capa de chuva entrou em cena várias vezes.
A vista do caminho já era linda, avistei a praia de Bray e as montanhas de Wicklow. No caminho pude ver as lindas árvores que enfeitam as mesas européias e americanas no Natal, aquelas folhinha verdes com sementes vermelhas que sempre aparecem nos desenhos da tv sobre o Natal.
Sempre pensei que elas fossem inventadas, pois nunca havia visto nada assim no Brasil. Alias, estou descobrindo uma porção de lendas da infância aqui, como as grande abelhas bundudas com grandes listras amarelas e pretas, algumas paisagens, desenhos, flores, etc..

Quando enfim chegamos no alto da montanha, a linda vista novamente compensou o caminho das pedras. Haviam muitos italianos e espanhóis, também admirados pela beleza local.

Um grande cruzeiro demarcava o pico mais alto. De braços abertos até parecia que íamos voar, de tão forte que o vento batia em nossos corpos.
O calor que senti na subida desapareceu, e voltei a colocar o cachecol, a boina, a blusa mais grossa e só não coloquei a luva porque não as tinhas!
Depois pude ver a chuva vindo de passos rápidos pelo mar, era lindo de se admirar. O mar sentia as gotas fortes da chuva e demarcava o caminho, quando começamos a nos preocupar pelo temporal que se aproximava veio o vento e levou para o lado oeste o temporal... E também foi lindo e engraçado ver a chuva tomando um novo caminho contra a vontade.
Mas antes de ficarmos realmente alegres com o sol que reaparecia entre as nuvens, olhamos a maravilhosa vista das montanhas nos alpes de Wicklow e de lá vinha outro temporal, este por entre terras. O céu escureceu-se, e as pernas da chuva andavam rápidas demais, como quem dizia: Deste lado vento nenhum me tira do caminho.
E quando percebemos que ela realmente não mudaria de direção decidimos descer as montanhas depressa, pois não seria um caminho fácil para descer com chuva.
Ela, a chuva, nos apanhou no meio do caminho, mas só quis nos dar um susto...Nem molhou muito.
Caminhamos pela orla, e encontrou um cassino infantil, dá para acreditar nisso??? Nem eu.
Mas sim, cassino cheio de crianças gastando as preciosas moedas de euros dos pais. Os prêmios: Ursinho de pelúcia, carrinhos, notas de 5, 10 e 20 euros, armas de brinquedo, etc.
Fiquei abismada com crianças que não passavam de 2 anos às vezes sendo influênciadas pelos pais a jogar e gastar. Mas tudo bem, cada país com sua cultura.
Entramos no trem de volta para Dublin.

quinta-feira, 10 de julho de 2008





















Wanted, Kung fu Panda e Hancock

Tive aula com uma professora chamada Mary, uma senhora com semblante de 60 anos, um amor de pessoa. Como a professora oficial não veio ainda nesta semana, a turma resolveu faltar em peso, portanto, somente eu havia chegado no inicio da aula.
Não foi muito fácil entender tudo o que ela falava, mas aos poucos, na marra, fui destravando a língua. Depois chegou a Carrie, e nós duas tivemos uma aula mais falante, eu diria, falando de férias utilizando preset simple e past simple.

Depois da aula fomos ao Cinema, a idéia inicial era ir ao Botânics Garden, mas a chuva que iniciou-se pela manhã e não deu trégua até o fim da noite e por isso mudamos os planos.

A Dorset pagaria metade da meia entrada de estudante, não poderia perder essa oportunidade, seriam 3 euros a nossa parte. (Meia entrada aqui não é igual ao Brasil, na verdade é desconto para estudantes, ninguém paga meia)
De guarda-chuvas nas mãos, fomos caminhando até o cinema na Parnell street.
O Bartek, para variar foi o professor guia, ele é uma figura e como sempre fez a festa, fez caretas, brincou, pulou e comprou os ingressos para vermos o Hancock, do Will Smith. O Filme é uma viagem, o cara é um Super herói vagabundo que gosta de beber e dormir...recheado de efeitos especiais, cópia de efeitos de Matrix (alias, a maioria dos novos filmes são clonados de Matrix, mais uma prova de que nada se cria, se copia!). Bem, o início do filme foi uma viagem de absurdo tão grande, que o Bartek começou a fazer cara feia, e falou para o Felipe e a Sabrina que queria trocar de filme; Todos ficaram espantados, afinal, podemos fazer isso aqui?? Sim, podemos.
Após entregar os ingressos no andar de baixo, as 14 salas de cinema ficam num grande corredor, basta escolher o filme e verificar se há vagas. Os coreanos decidiram ficar e a Mércia também, pois acharam que o outro filme já havia começado. O Felipe foi com o Bartek na frente, e como eu também não gostei do inicio do filme decidi acompanha-los, sigam todos o professor!!
Parecia travessura de criança, demos muitas risadas como seria isso no Brasil, sempre quis fazer isso!!
Escolhemos Wanted, com a Angelina joli. Outro filme cheio de efeitos especiais, cópia de Matrix e viagem pura na história. Mas esse nos prendeu desde o início.

Para variar eu não entendi muita coisa do filme, sem legenda (nem mesmo em inglês, como eu venho assistindo em casa) tive que prestar atenção na história. Muito cansaço misturado com o ritmo alucinante do filme...Dormi! Uns quinze minutos..acho, mas foi bom que despertei com os olhos atentos! A parte boa do final é que entendi do que se tratava a história. Depois do filme, vimos a porta aberta para o Kung fu Panda, sorrimos uns para os outros e decidimos entrar. O filme foi ótimo também, entendi muito mais o que falavam, talvez o fato de ser desenho animado dublado em inglês tenha ajudado a compreensão, mas acabei tirando um cochilo também...rs, Não resisti o escurinho do cinema! Adorei e dei muitas risadas, mas não mais que as crianças, que entenderam todas as piadas em inglês! Mas um dia voltarei ao cinema e entenderei tudo!

Depois da exaustão do dia, sair da sala de cinema na escuridão, quase 7 da noite, pensei que estava no Brasil...Com tanto escuro...mas ao chegar na rua...Sol, eis o maravilhoso sol, dia claro!

Até mais!

Cinema na Parnell


Mércia, Felipe, os coreanos...desculpem não lembro os nomes, e a Sabrina.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Porque viajar é uma forma de estar no mundo

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Escoceses


Vila de Howth


Marina de Howth...Olha os cabelos...


O farol, lá longe


Valeu a pena


Minha irmãzinha Dayse!!


Penhascos gigantes


O corajoso


A lagoa azul


Howth - Paraíso da Encosta de Dublin


Neste último domingo (29 de junho) decidimos conhecer mais uma paisagem maravilhosa da grande ilha Irlandesa:

“Howth” Este lugar fica na encosta da ilha.

Fui seduzida pelos encantos contados por Dayse: Existem focas, penhascos, prainhas, é um lugar maravilhoso e vale a pena confererir.

As três mosqueteiras (Mércia, Dayse e Eu) se reuniram no centro de Dublin.

No início do dia fomos apanhadas por uma forte chuva, que quase nos fez desistir de conhecer Howth, pois o local possui grandes penhascos e com forte chuva aumenta os ventos... O que tornaria o passeio perigoso.

Mas rezamos, pedimos a Deus e a chuva foi embora!!

Pegamos o onibus 31 C , que sai próximo da O”connel (avenida principal do centro de Dublin).

No meio do caminho já pudemos avistar o maravilhoso percurso que fazíamos: Ruas limpas, casas lindas parecidas com mansões de filmes hollyoodianos , jardins floridos e bem cuidados.

O caminhos tinha vista para o mar, lindo!!

Ao chegar em Howth tirei fotos de um lindo cachorro que cruzava o caminho, na verdade ele era muito simpático...não exatamente lindo!!

Quando vi a imensidão daquele mar azul em vários tons fiquei fascinada e de boca aberta.

O vento era forte, acabou com meus cachos...
Então avistamos um farol... Isso era coisa de filme a minha vida toda e agora lá estava eu...no filme da minha vida real!

Dayse e eu decidimos ir até o farol, Mércia tentou, mas o joelho dela a deixou na mão!

Curtindo o som da rádio do meu celular, nós fomos abraçadas até o farol (Somente eu tinha celular com rádio..rs, por isso tinhamos que ficar bem próximas uma da outra para utilizar os fones). Nora jones, Macy Gray, U2, Dreamsome Shelby Lynne , etc... Músicas maravilhosas que marcaram o passeio.

Havia pessoas de diversos lugares da Europa, percebi pelo idiomas diversos que cruzavam o caminho!

Ao chegar na entrada do farol uma grande placa dizia proibido a entrada de visitantes!! Quanta decepção!!! : (

Mas a vista para a prainha era linda, e o vento era tão forte que levava nosso corpo!! Eu tirei fotos e a Miss Dayse brincava de voar deixando o vento levar o corpo e ficando na ponta do pé!! Eu tive medo por ela, se um vento quisesse dar um golpe...poderia leva-la para bem longe!! Briguei para que descesse logo dali!!

Depois fomos a prainha do outro lado, cercada por duas grandes montanhas de pedras. A descida foi tortuosa: Muitos espinhos, escada mesclada com descida estreita, lama, água, muito mato. Cerca de 5 a 10 minutos de descida.

Valeu a pena! Era lindo lá em baixo. E a visão de onde estávamos antes...Imponente!

Um cachorro molhava o corpo na água gelada, alguns franceses tiravam fotos, italianos namoravam...e as brasileiras aqui, tiravam fotos nos lugares lindos...Me senti no filme “ A lagoa azul”.
Caracóis grudados nas pedras e uma porção de animais marinhos que ficavam pelas pedras quando a maré subia!!

Depois do deleite, voltar!!!

Subir o penhasco não foi tarefa fácil!! Parei 5 vezes até chegar no final.

Depois fomos caminhando até a Marina de Howth. No caminho vimos um penhasco com diversos pássaros que emitiam diversos sons, me encante novamente e sentei para ouvi-los atentamente. Gaivotas faziam vôos rasantes.
Continuamos nossa caminhada, com o vento batendo no rosto e despenteando meu cada vez mais o meu cabelo, a brisa do mar, o sol queimando nossa pele, os olhos brilhantes com tanta beleza!

Chegamos na Marina. Centenas de Barcos ancoravam, focas brincavam com as pessoas, marinheiros faziam a descarga e turistas tiravam fotos.

Comemos a típica batata frita com vinagre e depois de um dia exaustivo, mas muito emocionantes fomos para o ponto esperar o próximo ônibus de volta. Um grupo de escoceses bebiam, tocavam a Gaita Escocesa e dançavam com roupas típicas!!

Já cansada no ônibus de volta, dormi no ombro da Dayse e até babei!!

Chegamos em casa por volta de 9 horas da noite e ainda está claro lá fora, é verão na Irlanda!!

Beijos e até mais