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sábado, 30 de janeiro de 2010

Pequena história sobre Atenas

Por volta dos anos 500 e 400 AC, esta cidade, fundada há mais de 3.000 anos, era a mais próspera da Grécia Antiga e possuía um poderoso líder: Péricles. Nesta fase, a divisão hierárquica seguia a seguinte ordem: nobres, homens livres e uma grande quantidade de escravos que realizavam trabalhos como mercadores, carpinteiros, professores e marceneiros.
O nome da cidade homenageia Atena, deusa da sabedoria, das ciências e das artes. Atena corresponde à deusa Minerva dos romanos.

Atenas destacou-se muito pela preocupação com o desenvolvimento artístico e cultura de seu povo, desenvolvendo uma civilização de forte brilho intelectual. Na arquitetura destacam-se os lindos templos erguidos em homenagens aos deuses, principalmente a deusa Atena, protetora da cidade. Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta região repleta de escritores, pensadores e escultores, entre eles estão: os autores de peças de teatro Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes e também os grandes filósofos Platão e Sócrates

Athenas - Mergulho na história

O caminho de Mikonos até Athenas não foi tão rápido quanto parecia no mapa, gastei algumas horas e cheguei bem tarde. Desembarquei no porto de Athenas e ainda tive a oportunidade de ver um lindo por do sol entre o mar de Pireus e a cidade. Fui para a estação de trem e assim cheguei ao famoso centro de Athenas, a cidade das olimpíadas. Quão grande foi minha surpresa ao visualizar um centro escuro, sujo, cheio de prédios modernos e mal cuidados; mendigos, crianças pedindo esmola e barracas de ambulantes para todos os lados.

A primeira impressão foi chegar ao centro velho de São Paulo, algo como a praça da Sé nos tempos mais críticos ou vale do Anhangabaú antes da sua reforma. Tive tanto medo de caminha sozinha por aquelas ruas, também por ter ouvido que era um pouco perigoso, por ser a região do meu Hostel exatamente a mesma região de freqüência prostituição e alguns maus elementos como dizem as más línguas.
Portanto, essa foi a razão da minha preocupação em chegar o mais rápido possível no Hostel, porque já estava escuro e não queria ficar andando sozinha e ainda com uma mala na mão. Pedi algumas informações, e como sempre, Graças a Deus, até o dono da barraquinha de cachorro quente lá fala inglês.

O Município de Atenas é dividido em vários distritos ou bairros entre os mais famosos estão: Omonoia, Syntagma, Plaka e Monastiraki. Eu fiquei no Omonia, próximo da região dos pontos turisticos, porém precisamos fazer uma boa caminhada.

Me perdi um pouco, para variar e não perder o costume..rs, mas enfim cheguei ao meu Hostel, na verdade tava mais para Hotel, o Easy Access.
Era muito bonito, o quarto limpo, as camas novas, tudo era novo e aconchegante. Dividi com mais 3 pessoas e por coincidência umas das meninas era Brasileira, a Débora. Ela estava fazendo um mochilão pela Europa e também esteve por 3 dias em MIkonos, pena que não nos encontramos. O Hostel servia uma bebida Grega gratuita o "Ouzo" bebida típica local. Para quem já bebeu pinga de alambique mineiro, posso confessar que o tal Ouzo é forte para chuchu! De cor clara como a pinga ele possui o gosto adocicado do anis, porém forte como uma velho Barreiro. Não consegui virei a dose de Ouzo, como de costume com bebidas muito forte, precisei literalmente apreciar a bebida até o fim e sentir uma leve tontura. Sorte foi a próxima parada ser o meu quarto e a minha cama!


Bati um papo por algumas horas com a Debora, contamos nossas experiências e as aventuras que já tinhamos vivido nos ultimos dias na Grécia, e unanimamente a ilha de Mikonos foi a mais bem votada, badalação, beleza e calor unidos num só lugar.
Como ela já tinha visitado alguns lugares de Athenas não saimos juntas para conhecer os pontos turisticos. Eu decidi segui o meu roteiro de lugares. Peguei meu lindo mapa, todo em grego, e fui linda e maravilhosa curtindo o sol quente.

Acrópole

Eu sempre me confudia, Acrópole é na verdade o nome do monte, o famoso monumento se chama Partenon. Fui bem aconselhada de levar garrafinhas de água, pois no alto não possui e se encontra-se alguém vendendo seria muito caro. Enfim, a água pelo menos é muito barato aqui, 50 centavos uma garrafa de 500 ml. E a verdade é que no caminho da Acrópoles há bebedores, quem quiser, pode se arricar.
Tudo tem seu custo, portanto comprei o kit completo para visitar todas as ruínas gregas, e como esqueci meu cartão de estudante ainda paguei inteiro, cerca de 12 euros, e não deu para ir em tudo, então a dica é: Deixe para pagar quando estiver na porta, pois algumas coisas não precisam pagar realmente.



A sensação de estar em um dos monumentos mais famosos do mundo, na Grécia, símbolo da história antiga de onde ouvi e li tanto em diversos livros e país do qual sempre tive tanta admiração e curiosidade me deixava extasiada, sem saber o que pensar só sabia sorrir e mesmo não havendo nenhuma pessoa ao meu lado para dividir essa alegria mantive estampado em meu rosto um grande sorriso, afinal, eu estava na Grécia.

Como escrevi antes, sobre as outras ilhas, aqui também não encontrei nenhum Deus Grego.

Centenas de turistas faziam a trilha para chegar ao topo da Acrópoles, um sitio arqueológico, onde tudo estava cercado por cordas com a instrução que somente pessoas autorizadas podiam entrar, ou seja, muitas coisas só pude ver de longe.
A primeira ruína que tive o prazer de ver foi o antigo teatro de Dionísio, algumas partes das colunas ainda estavam preservadas e pude perceber a beleza e riqueza de detalhes feitos a centenas de anos atrás. Eu me senti tão abençoada por estar ali, que sentei no bancos de pedra e mesmo sem ter muito o que admirar fiquei parada por alguns pares de minutos pensado como seriam as apresentações naquele teatro na época do famoso teatro Grego.

Como não podia perder muito tempo também, segui meu caminho com destino ao Partenon.
Passei pelo O Odeon de Herodes Atiço , esse sim, ainda em perfeito estado onde ainda hoje há belas apresentações, por possuir uma acústica fora do normal e totalmente privilegiada e elogiada pelos sábios do assunto, afinal data do ano de 157. Ele era lindo realmente. Depois de muitas ruínas das quais passei sem ter muito conhecimento sobre, cheguei entrada da Acrópoles, um conjuntos de colunas “ Gregas” rsrssr gigantes e belíssimas, uma escadaria da qual se tinha a vista de toda a cidade nova de Athenas. Tudo pequeno, mas de beleza peculiar com a visão dos Deuses do Monte Olímpo. Novamente uma visão sem comentários, linda. Mas eu queria mesmo ver a Acrópole, então continuei meu percurso entre as pedras e subidas debaixo de um abençoado sol de cerca de 30 graus.
Acrópole (akron – topo e polis – cidade) O nome em grego já diz tudo, a cidade feita no alto.
Para variar, como todos os belos monumentos da Europa, a bela e famosa estava em reforma com vários cabos e outros utensílios que a deixavam um pouco menos bela.
Quase cai, algumas muitas vezes, pois o chão é coberto de partes de mármore, a bela pedra de mármore branco.

Imponente em altura e grandeza, as ruínas da Acrópole realmente valem a pena a subida de quase 40 minutos até ela.
Neste mesmo monte também está o Erecteion, um conjuto de ruínas é tido como um dos mais belos monumentos em estilo jônico com suas colunas em forma de mulheres, as Cariátides. Eram jovens de Cária, na Ásia Menor, seriam aliadas dos persas e foram condenadas a sustentar em suas cabeças o pesado teto do templo.
O templo também possui uma bela singular onde podemos chegar muito mais próximo e apreciar os detalhes dessas esculturas milenares.
Desci até o monte Areópago, que significa Colina de Ares, em referência ao deus da guerra grego, De lá podemos ter a belavisão da cidade baixa, todos outros montes e da bela Acrópole. Aqui todos sentam para um momento de reflexão, pois o sentimento que temos se junta ao silêncio e a história. Foi muito bom para aqui!
Daqui segui para as ruínas da Agora antiga. Outro sítio arqueológico com estatuas, monumentos e um belo museu com utensílios domésticos, vasos e bustos de reis encontrados.
Depois o templo de Efesto, tão belo quanto o Pantenon, mas menor e sem reformas.
O famoso teatro de Adriano agora é apenas história com fotos e algumas colunas que representam o quanto ele também foi grandioso, a visita por essa parte é muito rápida.
No bairro do Monastiraki passei pelos diversos mercados da cidade, e ruas recheadas de lojas de souvenir, restaurantes e tudo o que um bom turista deseja. Comprei meus badulaques e almocei num típico restaurante, onde experimentei a mussaka, um prato grego típico feito com purê de batata, berinjela e molho de carne moída. O medo do garçom era tão grande, de que eu não gostasse, que ele ofereceu fritas, só porque eu era turista. Um prato grande servido com pão e azeite, muita água e fritas. Confesso que não foi o prato mais apetitoso que já comei, mas consegui me satisfazer, afinal, se estamos na Grécia, temos que conhecer a cultura e a comida do povo.
Para fazer tudo valer a pena e saber o gosto verdadeiro das coisas precisamos mergulhar de cabeça, como diz a O Paulo Coelho em Brida. Jamais vou esquecer essas palavras lidas.
Visitei o templo de Zeus olímpico e o arco de Adriano, que ficam próximos. Belas colunas, isso é tudo o que sobre em todos os lugares de Athenas, colunas e pedras, que aparentemente não valem nada, mas com um valor imensurável para a história.
O lugares mais visitado pelo público é a Acrópole, os outros pontos turísticos ficam praticamente vazios.
Visitei também os Jardins nacionais em frente a praça syntagma, onde está junto o parlamento grego . Há um belo lago com peixes e girinos, o museu de botânica. Lá cruzei com um Indiano que mora na cidade e me contou algumas histórias sobre a Grécia antiga, queria mesmo me cantar, mas com a delicadeza..rss Indiana e a minha falta de maior atenção não passou dos portões do parque..srsrs.
As estátuas gregas sofreram algumas modificações pelo tempo durante os muitos séculos que seguiram-se, entretanto ainda hoje podemos ver a beleza e perfeição que os artistas da época tinham, assim como ao talento e a grande habilidade com o mármore.

Fiz toda a caminhada pela cidade a pé, vi quase tudo que estava no mapa, fiquei exausta, mas valeu a pena o mergulho na história Grega.

Sobre as ilhas

A Grécia é constituída por mais de duas mil ilhas, das quais, aproximadamente, duzentas são habitadas

Cultura, arte e costumes se mesclam com uma paisagem envolvente de águas cristalinas e azuis infinitos que perduram na memória de quem as visitam. Ilhas com arquitetura peculiar, mitologia, e uma amável hospitalidade. Cada ilha, um sonho, ou melhor, um desejo realizado.

Belas praias, casinhas brancas, mosteiros e moinhos.
Mykonos, famosa pela badalação noturna e pelas praias de nudismo. Rodes, famosa pelo Colosso, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Santorini pelo maravilhoso e inesquecivel por do sol.

Lindos (em Rhodes) é marcado por um belíssimo visual com pequenas vilas pitorescas e as tradicionais casinhas brancas. Fiquei maravilhada com a grande muralha, de onde surge a imponente Acrópolis de Lindos, a beira de um precipicio de 150 metros de alturam acima do nível do mar.
Da Acropolis temos uma impressionante vista da grande extensão do mar Egeu e da baía de São Paulo (cratera, pena que não tive tempo suficiente para curtir a praia e fazer a caminhada até lá.

MIkonos em foco





Condução em Santorini

O meio de condução em Santorini é muito caro, o ônibus é rodoviário, mas a cidade é tão pequena que gasta-se pouco tempo para cruzar um lado ao outro, entretanto cada ônibus deixa em pontos nada estratégicos e temos que pagar novamente outras tarifas para conseguir chegar a algum lugar, cada viagem custa 1,40 E.

Mikonos

MIkonos

Acordei em Santorini com a batida na porta do dono da hospedaria, às 7 da manhã. O distinto senhor veio me informar que os novos hospedes do quarto queriam entrar, pois estavam cansados e tinham acabado de chegar.

Eu aluguei um quarto single, para uma pessoa, mas que tinha uma cama de casal (que na verdade era duas de solteiro coladas), como a maioria dos hotéis aqui na Grécia de quarto duplo. Teoricamente eu teria direito de permanecer até 11 horas, mas como eu teria que sair às 9 horas para chegar cedo no porto, informei a ele que aguardasse até esta hora.
Depois não consegui mais dormir, e acabei chegando cedo mesmo no porto.
Esperei um longo tempo, pois o meu Ferry foi cancelado e o próximo seria 1 hora depois.

O Ferry que nos levou até Mikonos era muito pequeno, em relação aos outros, acho que sua capacidade era de cerca de 200 pessoas no máximo, todas acomodadas em suas poltronas, pois ele não possuía áreas de lazer ou mesmo restaurantes como os outros.

Escolhi um bom lugar, de frente para o mar, mas dentro da cabine. Ao meu lado duas senhoras francesas. Depois de pouco tempo puxei papo e até ficamos amigas. Elas viajavam sozinhas por algumas ilhas gregas.
Quando enfim o ferry engrenou, foi à tristeza de metade dos passageiros. O tamanho pequeno fez com que o balanço das ondas desestabilizasse ele, então a maré forte me fazia sentir em um pequeno bote em alto mar, quando não em um boi mecânico em alta velocidade. Em poucos minutos as pessoas começaram a passar mal e os tripulantes trouxeram vários sacos para aqueles que tiveram náusea.
As duas senhoras começaram a passar mal, e não tinha o saco mágico, e lá fui eu pulando como gafanhoto pelo caminho até chegar a um tripulante e solicitar ajuda. Acho que as francesas devem me agradecer até hoje, pois se não fosse o saquinho que eu trouxe teriam feito um bom estrago.

Depois de 3 horas pelo mar grego, cruzando com dezenas de ilhas chegamos a Mikonos.

MIkonos é uma outra ilha grega ainda menor que Santorini, mas com um charme encantador e inigualável.


A minha dor de cabeça iria começar, pois foi o único lugar que não consegui reservar um hotel ou qualquer hospedagem. Tudo era muito caro nos sites, pois deixei para a última hora, por isso novamente a dica...Antecedência, é o melhor remédio para esse tipo de dor de cabeça.

Mas eu tive sorte, dezenas de donos de hospedagens nos aguardavam no porto. Com fotos de lugares lindos, alguns caríssimos, mas eu encontrei um barato.
Ofereci o quanto desejava pagar e o senhor, muito grosseiro por sinal, me ofereceu um quarto, afinal era só uma noite, e para ele o que viesse era lucro.
25 euros, - Você pode ir até lá e se não gostar do quarto não precisa ficar.
Tentei ver outros quartos, mas em matéria de valor era a melhor proposta, e pelas fotos não parecia ser tão ruim. Depois de uma conversa rápida ele pediu que eu entrasse na Van dele, assim como mais duas meninas e lá fomos para o Hotel Drafacqui. Ele ficava na esquina entra a rua que levava para o centro da cidade e a que levava para a Paradise Beach.

Fiz amizade com as duas italianas que também decidiram ficar no mesmo hotel.
O meu quarto era uma kitnet praticamente, grande, com cama de casal, geladeira pia espelhos e até uma varanda. Adorei e se não fosse o banheiro no corredor para dividir com os outros dois quartos, teria sido perfeito. E depois de deixar as coisas fomos direto para a Paradise Beach, por sugestão das italianas, Mirian e Caterina, era o lugar mais badalado da cidade, o clube Tropicana tinha festa que começava as 5 da tarde.

Pegamos o bus, 1,20 cada viagem, e em 10 minutos estávamos na praia.

Uma tarde maravilhosa, muito sol, como em toda a Grécia, ao chegar a areia clara, palmeiras, muita gente bonita feliz, rindo a toa, todos com aquele bronzeado de dar inveja em irlandês, música alta no bar Tropicana, o primeiro da praia chamada Paraíso.
Ali mesmo decidimos ficar. As meninas estavam no pique, eu ainda tímida, não sabia nem por onde começar a agir. Encostei-me próximo de uma mesa e me coloquei a admirar toda a maravilha ao redor. O metro quadro com mais gente bonita que já vi na minha vida.
A maioria já estava com a cara cheia de álcool, única explicação para tanta euforia, e eu definitivamente não iria fazer isso, afinal de contas, a prudência de estar sozinha num lugar desconhecido com tantas pessoas me fazia ser mais precavida.

Eu dei uma volta pela praia, recheada de bares bem decorados, esteiras para que todos tomem sol.

Fui até água, e que maravilha era estar naquele lugar. Água transparente, morna, sol vibrante, paisagem exuberante. Tudo parecia um sonho, eu desejava ter alguém ao lado para comentar e falar sobre tudo aquilo que eu estava vendo, ou só mesmo pedir um beliscão para confirmar que era tudo verdade.

Depois voltei para próximo das meninas, e fiquei como todos no balanço das músicas eletrônicas e batidas que eu nada entendia. Era difícil ficar mais descontraída com aquele tipo de música sem álcool no sangue..rsrs pelo menos para mim.
80 % daquela turma em Mikonos pareciam ser italiana, eles estavam em grandes grupos e eram muito animados. Aprontavam poucas e boas!
NO palco um casal de apresentadores e mais dois dançarinos faziam a intermediação da festa, e numa certa hora começa a tocar uma música muito familiar....
- Paraparaparapapa parapapa, Era o funk do filme tropa de elite, mas com fundo de marchinha de carnaval tocando em alto e bom som, e a turma toda repetindo o refrão do Parapapa. Adoraram, e eu fiz até um vídeo, pois sabia que só contanto talvez não me acreditassem..rsrsr

A música que mais ficou na minha cabeça foi uma que tocou várias vezes, e que não tinha ouvido até então, recordo-me apenas do refrão: - You know I want you, I know you want me...1,2,3.... Sucesso nas paradas de 2009.

Depois decidi ir jantar, eu estava faminta, eu ao meu lado já estava um italiano do interior, que não desgrudava, e nenhum dos dois entendia muita coisa que o outro falava, ele não falava inglês, e nem eu italiano...então ficou de chiclete no pé, eu foi atrás para me ver jantar segundo ele..rsrs Eu dei risadas, por mais que dissesse a ele que tinha namorado, e outras tantas coisas, nada o afastava..rsr Deixei, afinal já estava como um guarda costa.rs, depois de jantar eu decidi ir embora e não consegui encontrar mais as meninas. Peguei o Bus e cheguei no hotel.

Acordei cedo no dia seguinte, pois queria conhecer o centro da cidade.
Era uma manhã clara, mas ventava um pouco, e lá fui eu.

As ruas não possuem calçadas, e temos que prestar muita atenção no caminho que fazem os carros. Os gregos falam como se estivessem discutindo, na verdade eu realmente não sei se era conversa ou discussão, uma delas era conversa, pois no final eles se abraçaram e saíram, mas outras realmente ficaram para adivinhação.

Moinhos de vento, um mar com ondas fortes, igrejas de cúpula ora azul, ora vermelha, casinhas brancas em todos os lugares, muitas flores. Essa era a paisagem local.
Fui caminhando para dentro da vila, a região central de Mikonos, e me deparei com a Pequena Veneza, a parte da vila que está na costa do mar, dezenas de bares e cantinas, em vielas minúsculas que só circulam pessoas, até lembra uma favela pelo formato, mas a sua beleza é grande, casas brancas, vielas limpas, arquitetura fantástica. Eu adorei caminhar aquela manhã serena pelas ruas de Mikonos. Gatos, gaivotas e pelicanos eram alguns dos muitos animais que dividiam o espaço da linda pequena veneza.
Muitas galerias de arte, lojas e mais lojas de artesanato, jóias, comidas, e milhares de quinquilharias.
Lojas dividem espaço com casas locais, com famílias gregas que estendem as roupas do lado de fora da casa, o espaço é muito pequeno, batem papo na varanda, varrem a calçada de casa, em um estilo bem rural como antigamente se via em pequenas cidades do interior.

Para não perder o costume escorreguei em uma das belas vielas, e deixei minha câmera fotográfica mais uma vez levar um belo tombo, e fazer mais uma cicatriz.

Depois de conhecer todo o centro, visitar a galeria de artes, e tomar o café da manhã na praça central, próximo da pequena feira, entrei no ônibus e fui direto para a Paradise beach novamente, agora só para curtir o sol mesmo.
Estendi minha canga na areia bege, e coloquei meu relógio para despertar.
Sim, eu dormi sob o sol de mikonos, e tive uma manhã maravilhosa.

Acordei em cima da hora de deixar o hotel, meio dia.
Sair do hotel foi uma pequena confusão, o banheiro para três quartos foi o meu azar. Um metrossexual italiano entrou no banheiro e não saia mais, estava se depilando, pelo jeito o corpo inteiro, depois de sair pediu mais um tempo e entrou com um pote de creme nas mãos. Enquanto isso, minha hora passava, e o dono do hotel vinha me pedir para juntar minhas coisas que ele sairia em alguns minutos para pegar uma turma no porto e não voltaria mais.
Então, bateu o desespero, eu tentei explicar o problema de um único banheiro, mas ele nem deu muito ouvido, depois me levou para o banheiro dos outros quarto, tomei um banho correndo e nem pude pentear os cabelos direito, o senhor, que muito me lembrava o Ernest de um filme americano chamado Ernest, o herói doidão com o ator Jim Varney, conseguiu mais mal educado do que quando tentou me alugar o quarto, e como deletei a singelas e mal faladas palavras em inglês que ele disse, não poderei descrevê-las agora, mas lá fui eu correndo com pente na mão e puchando as malas para dentro da Van. Com uma cara tão feliz quanto a do senhor “Ernest”. Ao chegar no porto e colocar os hospedes para fora, ele pediu desculpas pela falta de educação, mas que infelizmente ele não podia perder tempo, pois o trabalho dele depende disso.
Enfim, ainda agradeci e fui embora com minha mala, em busca do ferry para Athenas desta vez.

Centenas de pessoas desembarcavam no porto, com suas grandes mochilas nas costas e todo o espirito juvenil estampado no rosto, prevendo o grande final de semana que teriam na pequena ilha grega, assim como eu tive também.

Mikonos, valeu muito a pena, e eu recomendo para todo mundo que visitar a Grécia.