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sexta-feira, 20 de março de 2009

Cinque Terre

Pegamos o trem em florença para descer em La spezia e de lá ir até a estação Riomaggiore uma das cinco vilas que dão nome a região de Cinque terre (cinco terras).
A viagem de trem não foi tão longa e tivemos lindas paisagens para brindar novamente nosso passeio de trem.

Sob o lindo sol da Itália puder ver as famosas montanhas de Carrara, com seus picos brancos do mais puro marmore misturado também com a neve deste inverno.

Dentro do Trem tivemos uma grande surpresa.

A obra de Arte

Dayse e eu conversamos sobre nossas viagens e nossos sonhos e nossos planos para quando voltarmos para o Brasil quando. Eu como sempre dava muitas risadas as vezes. Do outro lado do banco dormia um belo italiano, assim achavamos pois ele tinha o nariz dos italianos e todo o jeito dos italianos. E ele tinha cara de Artista, me lembrei do ator Lorenzo Lamas do seriado americano “O Renegado”. Então decidi tirar uma foto dele, vai que era um ator italiano de verdade..rs. Não sei se os flashes ou as risadas mas o belo foi despertado. Alguns minutos depois ele tirou um caderno da bolsa e começou a desenhar, ms não parava de olhar para nosso lado, então suspeitei que eramos os alvos de observação, mas nada fiz. Mas ele não parava de desenhar, virava folhas e trocava de lugar para ter outras visões então eu tive a certeza, ele estava nos desenhando.
Então decidi comentar com a Dayse, e ela perdeu toda a compostura natural e perguntou exautada: - Sério, tá brincando?
Então eu disse que estava brincando, para que ela continuasse natural e não atrapalhasse a obra de arte. Mas depois de um tempo eu não me aguentei novamente e disse que não era brincadeira, e que o rapaz estava mesmo nos desenhando e ela tinha que tentar ver para confirmar a teoria. Então pedi a ela que fosse até o banheiro e na volta tentasse olhar por cima, pois já que ela era maior que eu teria mais facilidade para ver.

Esse momento ficou marcado, pois ele iniciou um novo desenho neste exato ponto. O desenho que eu tenho agora.

Ao voltar a Dayse disse que não conseguiu ver nada só rabiscos, pois ele virou a página. Ele não queria que ninguém visse os desenhos então sempre que olhavamos na direção dele ele virava a página ou fechava o caderno.
Foi então que um funcionário do trem vinha pelo corredor e pegou ele com a mão no lápis em plena ação artistica. E disse: Que ótimo hobby hein, pintar as moças enquanto viaja de trem! Isso em italiano. Ele ficou todo desconcertado e sorriu.

Então eu traduzi para a Dayse (o que não foi tão dificil.rsrs) e confirmamos. O Rapaz pediu que ele o desenhasse então e sentou-se a frente dele para que inicia-se a nova obra.

Eu fiquei me roendo de curiosidade, já posso ser chamada de Mona Lana, e agora queria a todo custo ver o desenho. Mas e a vergonha não me deixava sair do lugar.

Então faltava apenas uma estação para descermos e eu não me aguentei fui ver o desenho do moço e depois de elogiar descaradamente disse: Agora eu posso ver o desenho que vc fez da gente?
Ele olhou todo sem jeito e mostrou várias folhas, mas só havia desenhos de Lana, a Dayse só apareceu em um no momento que foi ao banheiro, e mesmo assim apareceu de costa saindo do banco.
Ela ficou chateado e disse para ele que só tinha desenhos meus. Eu pedi para tirar fotos, porque pedi o desenho eseria cara de pau demais, né, tirei algumas fotos e após namorar o desenho agradeci pois tinhamos que descer logo, então ele arrancou uma folha com o ultimo desenho e me deu, agradeci e saimos correndo pois o trem fechava as portas muito rápido.

Ao descer na plataforma olhamos o horário do trem para Turin, o sentido que iríamos, e descobrimos que não tinha o próximo mais, que aquele mesmo trêm em que estavamos seria o único que iria para Turin, nas próximas 2 horas. Então ouvi uma mulher gritando: - Turin, vamos fechar as portas.
Para que todos os perdidos se localizassem e entrassem no trêm.
Olhamos uma para a outra e eu disse: - Não tem outro! A gente vai perder o trêm. Subimos correndo novamente na primeira porta que encontramos aberta. Chegamos esbaforidas dentro do vagão com as malas pesadas nas costas novamente (Caso esse somente meu, porque a Dayse carregava a mala com rodinhas).

Sentamos novamente, seria agora a próxima estação. Mais uns 10 a 15 minutos. Então lembrei que o artista não tinha assinado no desenho e que nossa sacola com pães e doces da família italiana fora esquecida no outro vagão no porta malas. Decidimos voltar para o mesmo vagão então. O artista assinou um nome estranho (nada italiano, porém falava italiano) e a Dayse pediu que ele agora desenhasse ela e que só tinhamos uma estação para isso.

NO mesmo vagão havia uma turma de escoteiros e a notícia que havia um artista no vagão se espalhou rápido, e de repente todos estavam em cima do moço pedindo desenho ou simplesmente admirando a facilidade que ele tinha emdesenhar.

Nossa Estação chegou, e agora era a correta. Agradeci novamente e fomos embora.

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