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sexta-feira, 20 de março de 2009

A confusão e a grande missão

Depois tentamos voltar para as outras cidades. Eram 4 e meia da tarde. Mas o trem demorava muito, então chegou o Euro Star, trem para quem paga mais caro. E decidimos arriscar, pois eram três estações somente, mas nosso ticket só permitia pegar o Regional. Até aquele momento não tínhamos cruzado com nenhum fiscal. Já cansadas entramos. Azar, logo de cara chegou o fiscal e nos informou do erro dos tickets e a diferença para continuar ali, se quisessemos pagar, seria de 15 euros. A resposta foi não. Descemos em Vernazza.

O próximo não demorou tanto. Entretanto não era o correto também (Eita azar danado). Pegamos o trem errado novamente, e ele nos levou para La Spezia, pois não fez parada nas estações seguintes, deveriamos ficar em Riomaggiore. Ficamos sem ação quando vimos ele passar por todas as estações sem parar. E o medo de nos levar par muito mais longe!
Ao chegar em la spezia aguardamos mais alguns minutos (e que minutos). Então teriamos que pegar o Regional, e descer em Riomaggiore. Foi quando um casal de Neo zelandeses ficaram hiper feliz em nos encontrar, pois queriam informações em inglês e quase ninguém conseguia ajuda-los. Eles iriam visitar o filho que estava em Milão, mas aquela noite passariam em Monterosso. A Dayse conseguiu bater um papo com eles, e teriam que pegar o mesmo trem que a gente E descer 4 estações depois. Mas não sei o quê aconteceu e perdemos o trem novamente. O Casal também, pois estavam esperando a gente. A Dayse então colocou na cabeça que aquela sequência de perdas tinha a ver com o casal, que Deus tinha nos colocado no caminho deles para ajuda-los e por isso enquanto tudo não desse certo para eles, também não daria para nós.

Assim, pegamos o próximo trem. A Dayse decidiu fazer amizade, já que eles eram os “culpados” vamos ao menos conhecê-los melhor. E Assim foi o bate papo muito divertido com o casal de velhinhos Neo-zelândeses. Quando de repente o trem para dentro de um túnel escuro.
Mas seria a nossa estação já? - Não ele deve estar chegando, não pode parar dentro do túnel. - Vamos nos preparar para descer! - A porta não abriu! - Não é para descer ainda.- Será, será!!
- Foi embora!
Não, ele parou dentro do túnel sim. Era para todos que quisessem descer, sim. E ele não abre a porta sozinha, vc precisa apertar o botão!
Resultado, risadas, risadas e risadas. Inacreditável. Perdemos a estação novamente. E ele só foi parar novamente em Moterosso, novamente.

A Dayse teve certeza, afinal a informação dela era 4 estações depois que nós descessemos. Como o trem não parou nas outras estações, com certeza o casal se perderia. Mas agora nossa missão estava cumprida. Casal entregue em Moterosso, um frio terrível na plataforma na espera de mais 20 ou 30 minutos do próximo trem.
Dançamos tarantela para esquentar, sozinhas em monterosso.
O trem chegou e desta vez nos certificamos que era o correto, pois não tinhamos mais tempo para perder.
E exatamente as 18.55 chegamos em Riomaggiore, enfim. Corremos para pegar nossas bolsas e a surpresa, o galpão de malas virou bar e uma porção de velhinhos jogam baralho e bebiam. Nem perceberam que pegamos as malas e ninguém estava lá cuidando. Que loucura.

Enfim, agora com certeza o dono da hospedaria estará lá e tudo vai acabar bem. E assim se fez. Eu queria um desconto, pois tivemos que pagar caro para deixar as mochilas o dia todo no guarda-volumes. E ai vei a graça novamente. O Dono era gago, um italiano gago tentando falar em inglês. Imagina, ele queria se explicar de todas a s maneiras, e começava a ficar nervoso, porque eu fazia graça dizendo que tava tudo bem, pois o que pagamos lá deixariamos de pagar no resto da hospedagem. Ele não parava de falar, e eu me segurando para não cair na risada!.
Resolvido, fomos para nosso quarto, que tinha até cozinha. Compramos as coisas para um típico jantar italiano e por alguns euros eu fiz uma maravilhosa pasta a bolonhesa.

Depois fomos conhecer a vila a noite. E a minha surpresa. A cidade é vazia a noite. Quase fantasma. Nenhuma alma viva nas ruas. Fomos até um castelo no alto da montanha, e lá perto tinha uma igreja muiti velha, com enfeites na porta como de final de casamento. Ouvimos um piano e então entramos, como todo bom cachorro que encontra uma porta aberta, uma moça tocava lindamente e assustada com nossa entrada inesperada parou. Elogiamos e pedimos que continuasse, mas ela não mais o fez. E então fomos embora, para não encomodar mais. Do alto viamos toda a vila e as luzes das outras vilas também, mas o vazio da noite não me agradava, eu me divirtiria mais se houvesse uma grande festa de rua, com muita música e gente.
Havia também vários pés de tangerina, laranjas e com cara de madura. Praticamente todas as casas tinham uma no quintal. Não resisti pulei no galho e peguei uma para mim e uma para Dayse, mas que pena, tava azeda demais!

Voltamos até Marina, perto da estação e de lá avistamos o Farol, a vila toda iluminada. Linda e vazia. Alguns gatos corriam pelos cantos, todos ariscos e por isso não pude pegar em nenhum.

Fim de festa, próxima parada: Genova.

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