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sexta-feira, 6 de março de 2009

Florença

Sair de Roma e deixar nossa nova família realmente não foi fácil. Eu me sentia como se os conhecesse há muitos anos e a despedida foi muito triste, quase como quando sai do Brasil e deixei meus mais no Aeroporto e minha mãe dando sua benção.

A Franca me abraçou forte também, passou a mão em meu rosto e eu senti que ali também havia muito sentimento por parte dela, pois um dia antes ela nos disse que éramos como filhas, e fomos ótimas hospedes para eles. Eu não tive muitas palavras nesta hora, meus olhos se encheram de lágrimas e vê-los ficando e nossa viagem apenas começando meu deu tristeza e saudade. Ela então nos deu uma grande sacola cheia de merendas, doces e biscoitos para que comêssemos durante nossa viagem.

O Giacomo e a Miquela não acordaram para se despedir e o Gian Franco nos levou para a estação de trem.
Foi a primeira manhã que choveu em Roma desde que chegamos, e ele disse que levamos o sol para Roma, pois havia chovido muito anterior a nossa chegada e agora que vamos embora, levamos o sol conosco.
Entre lágrimas também dei Adeus ao nosso pai postiço, que nos deu em troca um franco sorriso e um forte abraço.

E lá fomos, Dayse e eu pegar o trem para Florença.

Ao chegar em Florença tínhamos que achar nosso Hotel, e isso não foi fácil, pois o dono do hotel colocou o nome da rua de referência errado. Era 25 de setembro e ele colocou 27. Andamos e nada de encontrar a tal rua, e ninguém sabia nos informar nada sobre a tal rua.
A minha mochila super-pesada já estava destruindo o meu bom humos, pois eu não agüentava mais andar com ela nas costas sem saber para onde ir. A Dayse só perguntava para pessoas na rua, e isso já estava me deixando cansada; então decidi entrar no primeiro Hotel que encontrei e tentar falar com o Recepcionista, que nos informou onde queríamos ir, nos deu um mapa e nos avisou que a tal que procurávamos não existia.

A entrada do B&B era muito feia, ficava numa estreita rua, como alias todas as ruas de Florença, com grandes prédios velhos e poucas pessoas.
Quando conhecemos nosso quarto, nem queríamos mais sair, pois era lindo por dentro e enorme só para nós duas!
Mas enfim, tínhamos agora só uma tarde e uma noite em Florença, pois tiramos um dia do roteiro de Florença para permanecer um dia a mais em Roma.

E lá fomos nós com câmeras na mão e muita blusa para agüentar o frio.

Passamos por vários museus, mas não tive vontade de entrar, haviam grande filas e preferimos primeiramente conhecer os lugares abertos e se houvesse mais tempo voltaríamos.

Passamos pela Santa Maria del Fiore a mais bela Catedral de Florença, com grande bela interna e exterior, tão grandiosa que não coube em minhas fotos..rs
Depois conhecemos o Palazzo Vecchio (Palácio Velho), não entramos também, dinheiro curto e nada muito atrativo que nos fizesse vencer a vontade de ir para outro lugaar.
Depois veio Galleria degli Uffizi, onde havia uma gigante fila para conhece-la também e dezenas de artistas nas ruas pintando pessoas e fazendo caricaturas, desses turistas facinados por estarem na famosa Florença. Estatuas de Dezenas de artistas italianos famosos enfeitavam as colunas da galeria, de Miquelangelo a Dante.
A ruas de Florença são belas, porém não me encantaram. Dizem que toda a beleza desta cidade está dentro dos prédios, pois do lado de fora podemos ver somente velharias.

A Ponte Vecchio (Velha Ponte). Com um olhar poético e arcaíco, podemos ver uma beleza exótica de casas antigas inacabadas e corroídas pelo tempo que fecham a ponte e possuem a visão de um lindo rio que corta a cidade de Florença. Passaria horas ali admirando aquela beleza singular. Nas ruas em volta jamaicanos, marroquinos e tantos outros africanos vendem cópias das principais obras de artistis italianos como Miquelangelo, Da Vince, Rafaello e Donatello.

Agora a mesma visão, mas totalmente realista e sem nenhuma poesia.

A Ponte Vecchio, realmente é velha e possuí dezenas de casas velhas com pinturas comidas pelo tempo e janelas quebradas. Adorei ver uma imagem que de alguma forma me lembrou a minha terra no Brasil. Centenas de camelôs imigrantes africanos tentam de todas as formas nos vender cópias de quadros dos artistas famosos e bolsas falsificadas de grandes grifes, se não vamos comprar não podemos nem olhar, pois o ambulante vai atrás até conseguir alguma coisa ou você se irritar e expulsá-lo.

Cantores de rua catam e encantam quem passeia, casais apaixonados que desfilam de mãos dadas pela linda Florença.
Eu puder ver belissimos prédios, ruas que mostram a história por sua idade avançada, mas a cidade possui uma cor que lembra o antigo, um amarelado, ora laranja ora cor de terra e depois do fim da tarde todos os lugares ficam vázios, praticamente desertos e isso me assustava muito.

A escuridão da noite foi cobrindo o céu azul, as ruelas começaram a ficar cada vez mais desertas e eu Pensei: Duas lindas moças..rs...Sozinhas, numa cidade nova e sem falar a língua local. Isso é perigoso. Passamos pela Igreja Santa Maria Novella e pelo maravilhoso museu de Fotografias. Lindos e esse nós entramos.
Pudemos conhecer centenas de obras primas e pinturas maravilhosas em dezenas de igrejas abertas ao público, fiquei até cansada de tanto ver obras de arte, tive uma overdose de arte.
Em becos e vielas escuras cruzavamos com mendigos e pessoas estranhas...e eu fiquei ainda mais com medo e quiz voltar para o Hotel acabando assim com nosso passeio pela linda e velha Florença de dezenas de artistas italianos.

Vale a pena conferir:

1. Santa Maria del Fiore (Catedral de Florença)
2. Palazzo Vecchio (Palácio Velho)
3. Galleria degli Uffizi
4. Palácio Pitti
5. Palazzo Strozzi
6. Ponte Vecchio (Velha Ponte)
7. Santa Maria Novella (Igreja)

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