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sábado, 30 de janeiro de 2010

Athenas - Mergulho na história

O caminho de Mikonos até Athenas não foi tão rápido quanto parecia no mapa, gastei algumas horas e cheguei bem tarde. Desembarquei no porto de Athenas e ainda tive a oportunidade de ver um lindo por do sol entre o mar de Pireus e a cidade. Fui para a estação de trem e assim cheguei ao famoso centro de Athenas, a cidade das olimpíadas. Quão grande foi minha surpresa ao visualizar um centro escuro, sujo, cheio de prédios modernos e mal cuidados; mendigos, crianças pedindo esmola e barracas de ambulantes para todos os lados.

A primeira impressão foi chegar ao centro velho de São Paulo, algo como a praça da Sé nos tempos mais críticos ou vale do Anhangabaú antes da sua reforma. Tive tanto medo de caminha sozinha por aquelas ruas, também por ter ouvido que era um pouco perigoso, por ser a região do meu Hostel exatamente a mesma região de freqüência prostituição e alguns maus elementos como dizem as más línguas.
Portanto, essa foi a razão da minha preocupação em chegar o mais rápido possível no Hostel, porque já estava escuro e não queria ficar andando sozinha e ainda com uma mala na mão. Pedi algumas informações, e como sempre, Graças a Deus, até o dono da barraquinha de cachorro quente lá fala inglês.

O Município de Atenas é dividido em vários distritos ou bairros entre os mais famosos estão: Omonoia, Syntagma, Plaka e Monastiraki. Eu fiquei no Omonia, próximo da região dos pontos turisticos, porém precisamos fazer uma boa caminhada.

Me perdi um pouco, para variar e não perder o costume..rs, mas enfim cheguei ao meu Hostel, na verdade tava mais para Hotel, o Easy Access.
Era muito bonito, o quarto limpo, as camas novas, tudo era novo e aconchegante. Dividi com mais 3 pessoas e por coincidência umas das meninas era Brasileira, a Débora. Ela estava fazendo um mochilão pela Europa e também esteve por 3 dias em MIkonos, pena que não nos encontramos. O Hostel servia uma bebida Grega gratuita o "Ouzo" bebida típica local. Para quem já bebeu pinga de alambique mineiro, posso confessar que o tal Ouzo é forte para chuchu! De cor clara como a pinga ele possui o gosto adocicado do anis, porém forte como uma velho Barreiro. Não consegui virei a dose de Ouzo, como de costume com bebidas muito forte, precisei literalmente apreciar a bebida até o fim e sentir uma leve tontura. Sorte foi a próxima parada ser o meu quarto e a minha cama!


Bati um papo por algumas horas com a Debora, contamos nossas experiências e as aventuras que já tinhamos vivido nos ultimos dias na Grécia, e unanimamente a ilha de Mikonos foi a mais bem votada, badalação, beleza e calor unidos num só lugar.
Como ela já tinha visitado alguns lugares de Athenas não saimos juntas para conhecer os pontos turisticos. Eu decidi segui o meu roteiro de lugares. Peguei meu lindo mapa, todo em grego, e fui linda e maravilhosa curtindo o sol quente.

Acrópole

Eu sempre me confudia, Acrópole é na verdade o nome do monte, o famoso monumento se chama Partenon. Fui bem aconselhada de levar garrafinhas de água, pois no alto não possui e se encontra-se alguém vendendo seria muito caro. Enfim, a água pelo menos é muito barato aqui, 50 centavos uma garrafa de 500 ml. E a verdade é que no caminho da Acrópoles há bebedores, quem quiser, pode se arricar.
Tudo tem seu custo, portanto comprei o kit completo para visitar todas as ruínas gregas, e como esqueci meu cartão de estudante ainda paguei inteiro, cerca de 12 euros, e não deu para ir em tudo, então a dica é: Deixe para pagar quando estiver na porta, pois algumas coisas não precisam pagar realmente.



A sensação de estar em um dos monumentos mais famosos do mundo, na Grécia, símbolo da história antiga de onde ouvi e li tanto em diversos livros e país do qual sempre tive tanta admiração e curiosidade me deixava extasiada, sem saber o que pensar só sabia sorrir e mesmo não havendo nenhuma pessoa ao meu lado para dividir essa alegria mantive estampado em meu rosto um grande sorriso, afinal, eu estava na Grécia.

Como escrevi antes, sobre as outras ilhas, aqui também não encontrei nenhum Deus Grego.

Centenas de turistas faziam a trilha para chegar ao topo da Acrópoles, um sitio arqueológico, onde tudo estava cercado por cordas com a instrução que somente pessoas autorizadas podiam entrar, ou seja, muitas coisas só pude ver de longe.
A primeira ruína que tive o prazer de ver foi o antigo teatro de Dionísio, algumas partes das colunas ainda estavam preservadas e pude perceber a beleza e riqueza de detalhes feitos a centenas de anos atrás. Eu me senti tão abençoada por estar ali, que sentei no bancos de pedra e mesmo sem ter muito o que admirar fiquei parada por alguns pares de minutos pensado como seriam as apresentações naquele teatro na época do famoso teatro Grego.

Como não podia perder muito tempo também, segui meu caminho com destino ao Partenon.
Passei pelo O Odeon de Herodes Atiço , esse sim, ainda em perfeito estado onde ainda hoje há belas apresentações, por possuir uma acústica fora do normal e totalmente privilegiada e elogiada pelos sábios do assunto, afinal data do ano de 157. Ele era lindo realmente. Depois de muitas ruínas das quais passei sem ter muito conhecimento sobre, cheguei entrada da Acrópoles, um conjuntos de colunas “ Gregas” rsrssr gigantes e belíssimas, uma escadaria da qual se tinha a vista de toda a cidade nova de Athenas. Tudo pequeno, mas de beleza peculiar com a visão dos Deuses do Monte Olímpo. Novamente uma visão sem comentários, linda. Mas eu queria mesmo ver a Acrópole, então continuei meu percurso entre as pedras e subidas debaixo de um abençoado sol de cerca de 30 graus.
Acrópole (akron – topo e polis – cidade) O nome em grego já diz tudo, a cidade feita no alto.
Para variar, como todos os belos monumentos da Europa, a bela e famosa estava em reforma com vários cabos e outros utensílios que a deixavam um pouco menos bela.
Quase cai, algumas muitas vezes, pois o chão é coberto de partes de mármore, a bela pedra de mármore branco.

Imponente em altura e grandeza, as ruínas da Acrópole realmente valem a pena a subida de quase 40 minutos até ela.
Neste mesmo monte também está o Erecteion, um conjuto de ruínas é tido como um dos mais belos monumentos em estilo jônico com suas colunas em forma de mulheres, as Cariátides. Eram jovens de Cária, na Ásia Menor, seriam aliadas dos persas e foram condenadas a sustentar em suas cabeças o pesado teto do templo.
O templo também possui uma bela singular onde podemos chegar muito mais próximo e apreciar os detalhes dessas esculturas milenares.
Desci até o monte Areópago, que significa Colina de Ares, em referência ao deus da guerra grego, De lá podemos ter a belavisão da cidade baixa, todos outros montes e da bela Acrópole. Aqui todos sentam para um momento de reflexão, pois o sentimento que temos se junta ao silêncio e a história. Foi muito bom para aqui!
Daqui segui para as ruínas da Agora antiga. Outro sítio arqueológico com estatuas, monumentos e um belo museu com utensílios domésticos, vasos e bustos de reis encontrados.
Depois o templo de Efesto, tão belo quanto o Pantenon, mas menor e sem reformas.
O famoso teatro de Adriano agora é apenas história com fotos e algumas colunas que representam o quanto ele também foi grandioso, a visita por essa parte é muito rápida.
No bairro do Monastiraki passei pelos diversos mercados da cidade, e ruas recheadas de lojas de souvenir, restaurantes e tudo o que um bom turista deseja. Comprei meus badulaques e almocei num típico restaurante, onde experimentei a mussaka, um prato grego típico feito com purê de batata, berinjela e molho de carne moída. O medo do garçom era tão grande, de que eu não gostasse, que ele ofereceu fritas, só porque eu era turista. Um prato grande servido com pão e azeite, muita água e fritas. Confesso que não foi o prato mais apetitoso que já comei, mas consegui me satisfazer, afinal, se estamos na Grécia, temos que conhecer a cultura e a comida do povo.
Para fazer tudo valer a pena e saber o gosto verdadeiro das coisas precisamos mergulhar de cabeça, como diz a O Paulo Coelho em Brida. Jamais vou esquecer essas palavras lidas.
Visitei o templo de Zeus olímpico e o arco de Adriano, que ficam próximos. Belas colunas, isso é tudo o que sobre em todos os lugares de Athenas, colunas e pedras, que aparentemente não valem nada, mas com um valor imensurável para a história.
O lugares mais visitado pelo público é a Acrópole, os outros pontos turísticos ficam praticamente vazios.
Visitei também os Jardins nacionais em frente a praça syntagma, onde está junto o parlamento grego . Há um belo lago com peixes e girinos, o museu de botânica. Lá cruzei com um Indiano que mora na cidade e me contou algumas histórias sobre a Grécia antiga, queria mesmo me cantar, mas com a delicadeza..rss Indiana e a minha falta de maior atenção não passou dos portões do parque..srsrs.
As estátuas gregas sofreram algumas modificações pelo tempo durante os muitos séculos que seguiram-se, entretanto ainda hoje podemos ver a beleza e perfeição que os artistas da época tinham, assim como ao talento e a grande habilidade com o mármore.

Fiz toda a caminhada pela cidade a pé, vi quase tudo que estava no mapa, fiquei exausta, mas valeu a pena o mergulho na história Grega.

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